AS REDES SOCIAIS E OS BLOGS NO CONTEXTO POLÍTICO DE TUPARETAMA. "A PRIMAVERA PAJEUZEIRA"
Depois das comemorações do nosso cinquentenário e do adiamento do anúncio do candidato indicado pelo atual prefeito Sávio Torres se acentuaram as manifestações de eleitores e políticos nas redes sociais dos tuparetamenses.
Se antes, os comícios e as conversas de calçadas já tomavam o cotidiano da política como principal assunto das palestras de boca de rua, agora a face é outra mas a moeda continua a mesma.
De fato, a participação do cidadão nunca foi tão atuante como agora, opina, vota em enquetes, comenta no Facebook e nos blogs, fazendo uso democrático do meio e procurando fortalecer a cidadania. No entanto a forma como o vem sendo feito é que ainda deixa a desejar, como por exemplo quando usa o anonimato (muitas vezes covarde) nos comentários deste blog.
Ha troca de acusações de um lado e de outro (ainda existem dois lados na política de Tuparetama?) e a insatisfação popular com a ''suposta'' união dos blocos Sávio-Vitalino viraram matérias de um atualizado jornal que mais parece folclórico que informativo.
Sem cartazes ou guias eleitorais, eu diria que a campanha não está na rua, mas começou na tela.
Será uma evolução no modo de como fazemos política ? Ou a afirmação do retrocesso mental de muitos? A internet que vem globalizando as idéias e disseminando as mais variadas formas de manifestações até que ponto vem contribuindo com o nosso processo? De um lado um critica, do outro alguém responde... E vamos nós acompanhando essa bola de neve que ou explodirá ou nos sufocará até 7 de outubro.
Que não sejamos jovens observadores passivos desse processo, mas que fiquemos distantes da forma suja como a política é tratada e reduzida no nosso município.
Os meios de comunicação são as formas mais viáveis de absorver e repassar informações. Precisa-se que sejam de fato informações e não tão somente repasses de boatos de esquinas ou de cogitações de corredores. Quando agem assim só atrasa-se e atrapalha-se o andar da carruagem ou das ''torres'' do nosso município.
É gratificante ver educadores, poetas, estudantes e o cidadão de modo geral mais ativo nesse processo, no entanto é necessário cuidado com e como se defende cada argumento. Vamos condenar todo uso de palavras pejorativas e das acusações pessoais.
Que possamos afirmar nossa cidadania sem abrir mão dela. O direito do homem não pode ser afirmado onde não há respeito.
Mariana Teles é estudante de Direito e Poeta.
Tuparetamense, 18 anos, reside atualmente em Recife, onde estuda.
2 comentários:
O problema maior é a falta de informação e conhecimento por parte de alguns,quando reinvidicamos ou protestamos por algo ou alguma coisa que achamos errado, somos tachados de inoportunos, o desinteresse da maioria dos indivíduos pelos assuntos públicos é um dos grandes problemas políticos nas sociedades modernas. Os indivíduos são levados ao isolamento pelo predomínio de valores individualistas e de interesses estritamente particulares, Nesse contexto, perde-se o sentido do que é comunitário e não se percebe a importância da participação na vida coletiva. O bem público deixa de ser entendido como o bem produzido por todos para toda a sociedade; aparece como um bem que não pertence a ninguém e, por isso, pode ser depredado ou apropriado por qualquer um. Além disso, as formas de delegação do poder e a formação de um comportamento social unificado pela atuação dos meios de comunicação de massa contribuem para que a indiferença política se instale. Além dos que não participam por desconhecer o seu papel no processo político, há os indiferentes conscientes, aqueles que compreendem a situação, mas não toma partido e encaram a vida política com ceticismo, precisamos mudar essa forma de pensar e começarmos a pensar em política de fato como deve ser Política é coisa séria e não apenas para ser lembrada em períodos de eleições, onde somos praticamente obrigados a votar, senão sofreremos uma sanção. No entanto, todos os indivíduos são passíveis de análise política, pois, tal ciência perde validade se não expressar a preocupação de inserir todos os indivíduos no processo de construção da sociedade.
"A política... há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder."
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