Mais uma vez (não me canso), estive no Sítio Cachoeirinha (na terça-feira, 03 de setembro) onde encontra-se o canteiro de obras da da Barragem de Ingazeira-PE, um sonho iniciado em 21 de julho de 1941, quando através de Decreto o ex presidente Getúlio Vargas declarou área de Interesse Público as terras onde ficará o lago das águas barradas no Rio Pajeú.
Me surpreendi com o andamento das obras e a "promessa" das pessoas responsáveis pela construção de de que no "prazo de dez meses estará concluída toda a obra". Tomara que sejam reais as afirmativas e que no próximo ano estejamos nós apreciando a conclusão de tão longínquo sonho, que perdura por 72 anos.
Mais surpreso ainda fiquei quando obtive informações de que algumas terras expropriadas e devidamente indenizadas continuam ocupadas pelos ex-donos, que não querem desocupar a área, sendo que em alguns pontos o DNOCS indenizou as terras e mesmo assim estas foram revendidas pelos ex-proprietários a terceiros. Esses que já receberam por suas terras e se imaginam ainda DONOS, agora informam que "só desocupam as terras se o DNOCS mandar um chequinho(?)"!
Pelo que se desenvolve, além da esperança dos longos anos de sonhos, só com a intervenção da Polícia Federal e da Justiça Federal é que a Barragem de Ingazeira barrará as águas do Pajeú e nos fartará de água e benesses que só o precioso líquido é capaz de ofertar.
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Fotos: Ivai Cavalcante |
Qual o tamanho dessa Obra? Talvez poucas pessoas saibam a sua dimensão para toda a região e, não deixa de ser revoltante constatar que algumas poucas pessoas, por egoísmo, joguem para debaixo do tapete o valor dos 50 milhões de reais investidos e não reconheçam os 50 milhões de metros cúbicos de água como redenção de um povo que sofre há 500 anos com secas.
Mas acredito que a Barragem da Cachoeirinha tornar-se-á realidade, diante de lutas e da perseverança de alguns, que não desanimaram nem desanimam.
A propósito, sobre as indenizações: Existe o comprometimento do DNOCS que reformulou e atualizou uma Tabela de valores (a existente correspondia a números de 15 anos atrás) a qual será disponibilizada a cada proprietário que ainda não foi indenizado, correspondente ao seu quinhão. Vale lembrar que é preciso que se comprove ser proprietário, detentor de posse ou que se tenha realizado alguma benfeitoria. Os proprietários que apresentaram toda documentação e comprovação exigida, perceberão os seus direitos ainda este mês.
Joel Gomes Pessôa
Vereador de Tuparetama